Os atuais donos da SAF do Atlético-MG estão em processo de negociação para vender uma parte de suas ações, o que pode resultar na diluição da participação majoritária do grupo liderado pelos 4Rs, segundo informações do Lucas Tanaka e Victor Martins.
O bilionário americano Stan Kroenke — proprietário do Arsenal, da NFL (Los Angeles Rams), da NBA (Denver Nuggets) e de outras franquias — é apontado como um dos interessados em adquirir uma fatia do clube mineiro. Os empresários mineiros ainda negociam e conversam com outros interessados.
As tratativas estão sendo conduzidas com a mediação de Daniel Vorcaro, banqueiro, que mantém uma relação próxima com os Menin e deve intermediar as negociações. A tendência é que o novo investidor, caso o acordo seja concretizado, realize um aporte financeiro imediato, com foco na redução das dívidas do clube, que ainda superam a casa dos R$ 2 bilhão.
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Quem é Stan Kroenke, dono do Arsenal?
Stan Kroenke, proprietário da Kroenke Sports & Entertainment (KSE), é um dos nomes mais influentes do esporte global. Com uma fortuna estimada em US$ 16,2 bilhões (R$ 85,3 bilhões), segundo a Forbes, ele ocupa atualmente a 155ª posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo.
Desde sua fundação em 1999, a KSE vem expandindo sua atuação nas principais ligas dos Estados Unidos, com presença marcante na NBA, NFL, NHL e MLS. No futebol europeu, Kroenke é o controlador do Arsenal, da Inglaterra.
Além do Arsenal, o conglomerado comanda franquias como o Denver Nuggets (NBA), Colorado Avalanche (NHL), Colorado Rapids (MLS) e o Los Angeles Rams (NFL), com gestão dividida entre Stan e seu filho Josh Kroenke. O império esportivo da família tem valor de mercado estimado em US$ 12,7 bilhões (R$ 62 bilhões).
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Rubens Menin, um dos donos da SAF do Atlético-MG. Foto: Gilson Lobo/AGIF
SAF do Atlético muito criticada
A gestão da SAF do Atlético-MG tem sido alvo constante de críticas por parte da torcida. Um dos principais pontos de insatisfação é o baixo volume de investimentos no futebol, contrastando com o número elevado de vendas de jogadores, o que, segundo os torcedores, enfraquece o elenco.
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Além disso, mesmo com a promessa de maior controle financeiro, a dívida do clube segue em alta, o que intensifica a desconfiança sobre a real eficácia do modelo implantado. Outro fator que gera incômodo é a postura da administração em relação à transparência, com falta de entrevistas para esclarecimentos públicos.