A diretoria interina do Corinthiansacusa o presidente afastadoAugusto Melo de ter assinado aditivos contratuais com validade até 2030, quatro anos além do fim de seu mandato, ampliando compromissos com empresas que prestam serviços de segurança e limpeza ao clube.
Segundo a gestão atual, a rescisão desses contratos pode gerar um prejuízo estimado em R$ 29,6 milhões aos cofres alvinegros. A informação foi divulgada inicialmente pela Gazeta Esportiva e confirmada pela nova diretoria, que assumiu o comando do clube em 26 de maio, após a aprovação do impeachment de Augusto Melo pelo Conselho Deliberativo.
De acordo com o departamento jurídico, os aditivos foram firmados três semanas antes da saída de Melo e não constavam nos sistemas internos do clube. Os documentos, segundo a diretoria, só foram descobertos durante uma revisão contratual.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Leonardo Pantaleão fala sobre empresas de prestação de serviços
“Ao tomarmos posse,começamos a verificar empresas que prestavam serviços ao Corinthians, entre elas a de segurança e limpeza, que sempre foi alvo de questionamentos internos”, afirmou o novo diretor jurídico Leonardo Pantaleão.
O clube afirma que os contratos originais iam até 2026 e previammulta de rescisão de um mês de serviço. Com a prorrogação até 2030, os valores rescisórios foram significativamente aumentados.
Augusto Melo foi afastado do Corinthians – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Em nota oficial, Augusto Melocriticou a divulgação pública de documentos internos do clube e negou que haja prejuízo ao Corinthians com a manutenção dos contratos. Ele classificou os vazamentos como “seletivos e tendenciosos” e defendeu a atuação da empresa responsável pelos serviços.
Augusto Melo se manifesta
“Se acham que há algum problema, basta não rescindir. Não há prejuízo algum em manter o contrato vigente até o fim do prazo pactuado, já que a empresa vinha fazendo um excelente trabalho com custo-benefício significativo”, afirmou.
Melo também apontou o que chamou de “silêncio” da diretoria interina em relação a contratos da gestão anterior, de Duílio Monteiro Alves, firmados antes da sua posse em janeiro de 2024.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Veja também
Corinthians disputa contratação de Ronald com Santos e Vasco; Swansea aceita R$ 12 milhões
“Se houver algum erro ou inconsistência, que se apure. Mas que se faça isso com responsabilidade, com contraditório e dentro do devido processo legal — e não com ataques midiáticos”, concluiu.