O estado do gramado do Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, voltou a ser tema de debate no futebol brasileiro, principalmente após a derrota do Botafogo contra o Bragantino, na noite do último sábado (12), válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
O campo apresentou um aspecto seco e malcuidado, o que gerou reclamações dentro e fora das quatro linhas. No intervalo da partida, o volante Marlon Freitas, capitão do Botafogo, criticou publicamente o estado do gramado, que sequer foi molhado antes do início do jogo.
Comentarista critica situação do gramado do Bragantino
O tema ganhou destaque na edição do programa Linha de Passe, da ESPN. O comentarista Paulo Calçade ironizou a situação ao lembrar que Jürgen Klopp, ex-treinador do Liverpool e atualmente consultor global do grupo Red Bull, visitou recentemente as instalações do clube paulista.
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“O que diria o Jürgen Klopp de não regarem o gramado antes do jogo, o consultor deles?“, disparou Calçade, sugerindo que uma gestão mais profissional no futebol brasileiro poderia estabelecer normas mínimas para a preparação dos campos.
RJ – RIO DE JANEIRO – 08/04/2025 – COPA LIBERTADORES 2025, BOTAFOGO X CARABOBO – Mastriani jogador do Botafogo durante partida contra o Carabobo no estadio Engenhao pelo campeonato Copa Libertadores 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Calçade ainda defendeu a criação de regras objetivas, como já acontece em ligas europeias, sobre altura da grama e horários de irrigação. Segundo ele, isso evitaria o uso estratégico do campo em prejuízo do jogo técnico.
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“Você não pode deixar crescer a grama 15 dias antes de receber um time mais qualificado tecnicamente. Isso é padrão fora do Brasil. Basta alguém olhar para o futebol com mais carinho“, completou.
Outro comentarista rasga o verbo sobre o assunto
Outro comentarista do programa, Eugênio Leal, reforçou a tese de que o Bragantino pode ter se aproveitado do mando de campo como estratégia para dificultar o estilo de jogo veloz e intenso do Botafogo.
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“O mandante define como vai ser, de acordo com seus interesses. A bola prendia muito no gramado seco, e isso atrapalha bastante um time como o Botafogo, que se apoia na velocidade e força física. Foi uma escolha clara“, analisou.
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Apesar das críticas, o gramado não foi considerado irregular pela arbitragem, mas o episódio reacende a discussão sobre a padronização das condições de jogo no futebol brasileiro — especialmente em uma competição de elite como o Brasileirão.