Prorrogação obrigatória e calor escaldante no Mundial 2025 O caminho para a glória no Mundial de Clubes da Fifa 2025 ficou ainda mais desafiador. Com a confirmação oficial do regulamento, todas as partidas do mata-mata terão prorrogação em caso de empate no tempo normal, antes de qualquer decisão nos pênaltis. © Getty ImagesLOS ANGELES, CALIFORNIA …
O caminho para a glória no Mundial de Clubes da Fifa 2025 ficou ainda mais desafiador. Com a confirmação oficial do regulamento, todas as partidas do mata-mata terão prorrogação em caso de empate no tempo normal, antes de qualquer decisão nos pênaltis.
Em um torneio já marcado pelo calor sufocante dos Estados Unidos, a exigência física e mental dos jogadores promete ser levada ao extremo. A partir das oitavas de final, se o placar terminar igual após os 90 minutos, serão disputados dois tempos extras de 15 minutos, com um breve intervalo de cinco minutos antes do início da prorrogação.
Caso a igualdade persista, aí sim os pênaltis decidirão o classificado. Não haverá decisão direta nos pênaltis logo após o tempo regulamentar, o que exige planejamento estratégico apurado e fôlego em dia. Esse formato, aliado às temperaturas acima dos 35 °C em cidades como Miami, Orlando e Pasadena, eleva ainda mais o grau de dificuldade.
O grande clímax pode surgir justamente nesses 30 minutos extras. Imagine o cenário: os jogadores já esgotados após 90 minutos sob o sol impiedoso de Miami, forçados a lutar por cada metro do gramado em busca da vaga. O impacto do calor se torna ainda mais brutal na prorrogação, aumentando o risco de erros, cãibras e até colapsos físicos. A própria Fifa já recebeu alertas de departamentos médicos sobre os desafios extras impostos pelo clima.
Os especialistas reforçam as preocupações. “A atuação em ambientes tão quentes impõe estresse fisiológico e metabólico severo. A temperatura corporal pode ultrapassar os 39 °C, com risco real de queda no desempenho e colapso térmico”, explica a médica esportiva Flávia Magalhães, com 20 anos de experiência no futebol profissional.
Para os europeus, o desafio é ainda maior. Como destacou o fisioterapeuta Diego Saik, da Sonafe Brasil: “Enquanto os sul-americanos chegam em ritmo de competição, muitos europeus vêm de pós-férias, o que afeta recuperação, sono e alimentação.”
Historicamente, prorrogações em Mundiais já definiram destinos: em 2019, por exemplo, o Flamengo sucumbiu ao Liverpool no tempo extra na final. Em 2010, a Inter de Milão suportou um calor semelhante nos Emirados Árabes para levantar o troféu. Agora, o cenário se repete, mas em solo norte-americano, e com temperaturas ainda mais severas.
