Uma operação conjunta das Polícias Civis de Rondônia, Paraná, Amazonas e Mato Grosso prendeu 11 suspeitos nesta terça-feira (24) por envolvimento em um esquema de desvio de salários de jogadores de futebol. Entre as vítimas estão o atacante Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e o zagueiro argentino Kannemann, do Grêmio.
Denominada “Falso 9”, a ação identificou uma quadrilha que usava documentos falsificados para criar contas bancárias em nome dos atletas. Com isso, conseguiam realizar a portabilidade dos salários dos jogadores para essas contas fraudulentas, sacando os valores e envolvendo-os em várias transações em sequência.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o esquema foi descoberto após uma instituição financeira detectar uma tentativa de fraude. A rápida atuação permitiu que os valores fossem restituídos às vítimas e os sistemas de segurança bancária reforçados. Ao todo, mais de R$ 1 milhão foi movimentado de forma ilícita.
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Mais detalhes
Gabigol, segundo a Rádio Band News BH, quase teve R$ 800 mil desviados. Já Kannemann foi alvo de tentativa semelhante, com prejuízo estimado em cerca de R$ 400 mil. Os crimes foram cometidos em diferentes regiões do Brasil, com ações coordenadas em Porto Velho, Cuiabá, Curitiba, Almirante Tamandaré e Lábrea.
RS – PORTO ALEGRE – 12/06/2025 – BRASILEIRO A 2025, GREMIO X CORINTHIANS – Walter Kannemann jogador do Gremio disputa lance com jogador do Corinthians durante partida no estadio Arena do Gremio pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Cristiano Junior/AGIF
No total, nove homens foram presos preventivamente e dois temporariamente. Além das prisões, a Justiça expediu 22 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nos endereços ligados aos suspeitos. Vários documentos, aparelhos eletrônicos e extratos bancários foram apreendidos para análise.
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Caso de polícia
Os envolvidos poderão responder por uma série de crimes, como fraude eletrônica, falsidade ideológica, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados por todos os delitos, as penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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A Polícia ainda apura se outros atletas do futebol brasileiro foram vítimas do mesmo grupo. O caso chama atenção para os riscos de segurança digital mesmo entre jogadores de elite, que hoje contam com fortunas sob gestão financeira complexa.