Vinda de Neymar não apagou erros do passado na Vila Belmiro
É inegável que 2025 se tornou um ano atípico no Santos em relação a qualquer outro em um espaço superior a uma década. Após retornar ao Campeonato Brasileirão, o Peixe trouxe de volta o ídolo Neymar.
Após quase 13 anos no exterior, o atacante decidiu retornar ao Alçapão, o que ajudou o Clube a turbinar as receitas com bilheteria, patrocínios e marketing. Só que nem mesmo os benefícios da vinda de Neymar esconderam erros sucessivos do passado na Vila Belmiro.
Há pouco, reportagem do setorista Régis Querino, do jornal A Tribuna, informou que a dívida do Santos aumentou quase R$ 202 milhões entre as gestões de 2023 (de Andres Rueda) e 2024 (o primeiro ano da atual administração de Marcelo Teixeira).
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Contas aprovadas com déficit acima de R$ 105 milhões
O relatório foi apresentado pelo Conselho Fiscal em reunião na última segunda-feira (7) do Conselho Deliberativo (CD). Com isso, o rombo chega próximo da casa de R$ 1 bilhão.
O balancete do ano passado apresentou déficit de R$ 105,2 milhões, mas ainda assim o Conselho Fiscal recomendou a aprovação das contas de 2024, chanceladas por unanimidade pelo grupo de conselheiros do Santos.
Arte: Bolavip Brasil
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De acordo com números levantados pelo Conselho Fiscal, a dívida do Santos está na casa de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 437 milhões são resultado de passivo circulante, que incluem as contas imediatas, e R$ 539,9 milhões referentes às contas de longo prazo.
Ao fim do ano passado, a dívida total do Peixe era de R$ 977 milhões, contra R$ 775 milhões repassados pela gestão de Andres Rueda, que foi expulso do quadro de associados do Santos em outubro de 2024.
Endividamento acima do normal em 2024
O endividamento do Santos no exercício 2024 chegou a R$ 122.131.000,92, o que correspondeu a 30,99% da receita orçada. O estatuto estipula que o endividamento de cada ano não deve exceder 10% da receita orçada.
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Entretanto, o parecer do Conselho Fiscal defendeu que o endividamento “é bastante influenciado pela alteração tanto das receitas quanto das despesas de um ano em que o rebaixamento alterou consideravelmente as perspectivas de um clube que, em seu orçamento, não esperava viver esta fase”.